(Tem "musgo" Que se incomoda, Mas a "musga" É foda! O "riff" dela é chinfrim, Mas ela tá que toca! Todo povo diz assim: A "musga" é foda! A "musga" é foda! Aí, aí, meu bem, Problema quem tem É quem não toca...) Esta crônica começou com algumas estrofes entre parênteses para chamar atenção sobre um tema recorrente: De que vale frequentemente reclamar de sucessos populares? Se você não gosta, por que perder tempo julgando acordes e letras, que tocam à exaustão nas baladas e todo tipo de plataformas musicais? A verdade é que "quem não gosta" de determinada música, reclama e cita tanto a tal que acaba divulgando ainda mais. Tá sacando?! Ah! Não é o caso dos versos simplórios acima, até aqui ainda não musicados, criados especialmente para puxar conversa, he, he, he!. Vem agora à voga o ditado romano “lapis volvens nihil musci”. A mensagem fez sucesso pela primeira vez no mundo do rock nos anos 1950, com MacKinley Morganfield (1913-1983), artista norte-americano conhecido como Muddy Waters (expressão em inglês que significa águas lamacentas). Ele compôs e gravou a música Rolling Stone, referindo-se a si mesmo e a quem não consegue (ou não pode) ficar no mesmo lugar. Essa foi a canção revitalizada pela banda inglesa Rolling Stones, em 1962.
Em 1965, o cantor e compositor norte-americano Bob Dylan concebeu a canção Like a Rolling Stone, no sentido de que as coisas mudam, referindo-se negativamente a uma pessoa rica que fica pobre por causa da arrogância.
Em português, o ditado latino “Lapis volvens nihil musci” pode ser traduzido como "pedras que rolam não criam musgo". Nesse sentido, a tradução está mais próxima à composição em inglês de Muddy Waters, que se coloca numa situação errante por questões amorosas. Mas podemos também refletir sobre a arrogância abordada por Dylan e que acomete muitos artistas em todo o mundo. Cabe aqui a emenda cabocla: Músico que só reclama da "musga alheia" vira musgo, cheio de composições bolorentas. É compreensível que, principalmente para um músico virtuoso de qualquer gênero, aprofunde-se o desgosto de se deparar com tanta bobagem nas paradas de sucesso. Agora, um recado diretamente para a “roqueirada”, virtuosa ou não: Pouco influi nas paradas de sucesso dizer que "o bom mesmo é rock", sem mostrar trabalho. Portanto, pare de só ficar reclamando dos sucessos populares e mostre suas composições!
Se você faz rock, qualquer que seja a vertente, inscreva sua banda nas seletivas do Rock Cerrado - Música e Ecologia. Ou se conhece alguém que tem repertório autoral, dê o toque!
Artistas solo do Distrito Federal e Entorno podem se inscrever, de acordo com o regulamento disponível AQUI no site. A fase de inscrições para as seletivas vai até o dia 05 de fevereiro de 2021.
(#TMZ, codinome de Tomaz André)
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